Como foi resgate de 8 pessoas que ficaram presas em teleférico no Paquistão; veja infográficos
Operação de salvamento foi realizada há 274 metros de altura e demorou quase 16 horas para ser concluída. Como foi resgate de 8 pessoas que ficaram presas em teleférico no Paquistão
g1
No Paquistão, oito pessoas foram resgatadas sem ferimentos na terça-feira (22) depois de passarem horas presas em um teleférico há 274 metros de altura. Após a operação de alto risco, o primeiro-ministro ordenou inspeções de segurança em todos os veículos do tipo no país.
O grupo, sete alunos e um professor de uma escola local, se locomovia entre dois vilarejos de Battagram quando um dos cabos de sustentação do teleférico se rompeu e a cabine parou no meio do caminho.
Resgate levou quase 16 horas
O cabo rompeu no início da manhã no Paquistão (fim da noite no horário de Brasília), mas a última pessoa foi retirada da cabine apenas 16 horas depois. O primeiro helicóptero de ajuda chegou apenas 6 horas depois do incidente.
Ao longo do dia, a equipe de salvamento tentou retirar os passageiros da cabine diversas vezes sem sucesso. Segundo as autoridades, a operação de resgate foi particularmente complicada porque o teleférico ficava em uma área montanhosa e de difícil acesso.
A maior preocupação da equipe era que o vento gerado pelos helicópteros desestabilizassem e derrubassem a cabine, que estava presa por apenas um cabo.
Por isso, depois das autoridades pedirem ajuda para especialistas, a tática de salvamento mudou para uma forma de resgate utilizando cabos de sustentação. Deu certo: lentamente, os oito passageiros do teleférico foram resgatados.
Compare a altura do teleférico com a de outros pontos conhecidos.
Meio de transporte comum
Na região de Battagram, há pouca ou nenhuma infraestrutura rodoviária, o que dificulta a vida da população. De acordo com a BBC, isso fez um morador local obter uma permissão da administração da cidade para construir o teleférico.
Além de ser barato, o veículo realiza o percurso entre a aldeia de Jangri a de Batangi, que leva duas horas a pé, em poucos minutos. Pelo menos 150 alunos utilizam o transporte todos os dias, contou um professor à mídia paquistanesa.
“As pessoas estavam desesperadas por um serviço desses”, disse Maulana Qasim Mehmood, um líder religioso local, ao “The New York Times”. “Facilitou muito a vida das pessoas.”
Os aldeões costumam usar teleféricos para se locomover pelas regiões montanhosas do Paquistão. Mas as cabines muitas vezes não recebem manutenção e todos os anos pessoas morrem ou ficam feridas enquanto viajam neles.
O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwar-ul-Haq Kakar, determinou o fechamento de vários teleféricos que estejam há muito tempo sem manutenção. “Também instruí as autoridades a realizar inspeções de segurança de todos esses teleféricos privados e garantir que sejam seguros para operar e usar”, disse.