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Botafogo faz clássico com o Flamengo para esquecer eliminação e disparar na liderança

Depois de uma dura eliminação na Copa Sul-Americana, o Botafogo não tem tempo para lamentar. Neste sábado, às 21h, volta a se concentrar no Campeonato Brasileiro, em que lidera de forma isolada, para fazer o clássico com o Flamengo, outro integrante do G-4. O ‘Clássico da Rivalidade’ será realizado no Engenhão, no Rio.

No primeiro turno, os alvinegros se deram melhor e venceram por 3 a 2, com dois gols de Tiquinho Soares e um de Danilo Barbosa. O zagueiro Léo Pereira, duas vezes, fez para o Flamengo. O clássico ainda reúne dois dos melhores ataques da competição. O Botafogo lidera com 38 gols, além de ter a melhor defesa com apenas 11. O Flamengo aparece em terceiro, com 34, três a menos do que o Palmeiras, com 37, enquanto sofreu 26.

Há a expectativa de um novo recorde no Engenhão. Em 2007, no primeiro jogo oficial, o Botafogo venceu o Fluminense por 2 a 1, de virada, com presença de 43.810 torcedores. Para o clássico com o Flamengo, foram colocados à venda 36 mil ingressos para a torcida alvinegra e quatro mil para a rubro-negra, todos esgotados, além de 4.500 gratuidades.

No meio da semana, o Botafogo foi eliminado nas quartas de final da Sul-Americana após perder para o Defensa y Justicia, da Argentina, por 2 a 1, quebrando uma invencibilidade de 19 partidas na temporada. No Brasileirão, o Alvinegro não perde há 12 jogos, sendo nove vitórias e três empates. Na última rodada venceu o Bahia por 3 a 0.

Além disso, está com 100% de aproveitamento no Engenhão, com 11 jogos e 11 vitórias. A campanha deixa o Botafogo na liderança, com 51 pontos, 11 a mais do que o vice-líder Palmeiras. Grêmio e Flamengo completam o G-4, ambos com 36 pontos.

O técnico Bruno Lage pode ter um retorno muito importante para escalar o Botafogo. O atacante Tiquinho Soares, artilheiro do Brasileirão com 13 gols, treinou com o sub-20 e parece estar totalmente recuperado de lesão no joelho. Mesmo que seja relacionado, porém, deve iniciar no banco de reservas, com a continuidade de Diego Costa, que marcou seus dois primeiros gols diante do Bahia. Outra novidade será o zagueiro angolano Bastos, que foi regularizado.

Em relação ao último jogo do Brasileirão, o Botafogo ainda terá o retorno do lateral-esquerdo Marçal, recuperado de lesão, além do lateral-direito Di Plácido e do volante Tchê Tchê, que cumpriram suspensão. O time, portanto, vai completo para o clássico e para manter sua diferença para os demais concorrentes ao título.

Lage pediu o apoio da torcida mesmo após a eliminação, mas fez crítica ao pouco tempo de descanso para um clássico. “Peço para os torcedores continuarem apoiando. Venho trabalhando muito, de forma humilde. Independentemente de coisas que possam acontecer no caminho, o torcedor precisa continuar apoiando o time, que vive um momento lindo. A única crítica que faço é por um jogo tão importante ser disputado com dois dias de intervalo.”

Como a final da Copa do Brasil, diante do São Paulo, é apenas daqui duas semanas, o Flamengo está neste momento totalmente concentrado no Brasileirão. O time está há três jogos invicto: empatou com o São Paulo, por 1 a 1, venceu o Coritiba, por 3 a 0, e, na última rodada, empatou sem gols com o Internacional. Com isso, tem 36 pontos, fechando o G-4.

Como de costume, o técnico Jorge Sampaoli indicou que fará mudanças no time. As principais novidades foram a presença do goleiro Rossi no lugar de Matheus Cunha e Pedro no lugar de Gabigol. Além disso, o técnico tem insistido nos treinos de uma formação com três zagueiros, com Erick Pulgar mais fixo na frente de Fabrício Bruno e Léo Pereira.

Se o técnico cumprir a promessa de mais novidades, Matheuzinho será o lateral direito e Igor Jesus será o volante ao lado de Allan. Mas como David Luiz e Gerson voltam de suspensão, ambos viram opções. Um para a defesa e outro para o meio-campo. O lateral-direito Varela, o meia Arrascaeta e o atacante Luiz Araújo, lesionados, são desfalques.

Sampaoli admitiu que o Flamengo precisa melhorar coletivamente para voltar a jogar bem. “Quando um não está em alto nível, ou, às vezes, quando o time joga mal e tem um jogador de alto nível, o time ganha por si só. Agora, temos que tentar, coletivamente, fazer muita coisa, porque isso não acontece. É isso que tento todos os dias nos treinos: buscar soluções coletivas até que apareçam as soluções individuais.” Agora é aguardar para ver toda esta teoria na prática.

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