Chico Pinheiro critica comentários preconceituosos de William Waack e Boris Casoy
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O jornalista Chico Pinheiro comentou falas preconceituosas de William Waack e Boris Casoy, transmitidas em 2017 e 2009, respectivamente. “Odeio esse tipo de abordagem”, afirmou ao podcast Futeboteco.
Na entrevista, Pinheiro foi lembrado de quando, assim como os outros dois, falou ao vivo sem saber que estava sendo transmitido.
“Abra esses braços e me receba. Hoje é dia de Oxalá, Epá Babá!”, disse o jornalista em 2021, no Bom Dia São Paulo. Ele se considera filho de Oxalá, a partir do que aprendeu com figuras religiosas, como explicou no podcast.
Depois, ao ser questionado sobre as falas de Waack e Casoy, Pinheiro recorreu à Bíblia.
“‘A boca fala do que o coração tá cheio’. Onde está o seu coração? ‘Onde está o seu tesouro, aí está o seu coração'”, disse o jornalista.
“Eu sempre tive e tenho o jornalismo como um espaço privilegiado para a tentativa de construção de consciência de cidadania. De igualdade, de justiça. Então isso me domina o tempo todo. E naturalmente, na hora que a gente fala, falamos do que a gente sente. Eu nunca tive essa visão, nem com relação aos meus irmãos pretos nem com os garis. Pelo contrário, tenho um carinho enorme.
Wack fez um comentário racista em 2017, antes de uma entrevista com Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, num estúdio em frente à Casa Branca, nos EUA. “Tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar porque eu sei quem é. É preto. É coisa de preto.”
Após o ocorrido, o apresentador foi afastado da Globo.
Já Boris Casoy gravava o Jornal da Band na noite de réveillon de 2009, quando os varredores José Domingos de Melo e Francisco Gabriel de Lima apareceram em uma vinheta desejando feliz Natal. Por causa de uma falha técnica, no entanto, o áudio de Casoy não foi cortado. “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”, disse no ar.
Domingos de Melo processou o apresentador, que foi condenado em 2013 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar R$ 21 mil ao varredor, mas o valor atualizado e corrigido chegou a R$ 60 mil.