Desmatamento na Amazônia cai 66% em relação ao mesmo mês no ano passado
A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, divulgou na terça-feira (5), os dados de alertas de desmatamento na Amazônia, referente ao mês de agosto, gerados pelo sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apresentou queda de 48% no acumulado de alertas nos primeiros oito meses de 2023 e uma queda ainda mais significativa em relação ao mesmo mês em 2022, de 66%, com 563 km² representando a terceira menor marca até então para o mês de agosto na série histórica do Deter.
Para Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, os dados trazem uma ótima notícia para Amazônia e refletem a mudança de discurso, postura e ações do governo federal em relação ao meio ambiente: “O aumento de ações de fiscalização e controle em campo resultou no aumento das multas e embargos ambientais, contribuindo para essa queda. Além disso algumas ações infralegais que foram lançadas como a volta do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento (PPCDAM) e normas referentes a impedimentos sociais, ambientais e climáticos para concessão de crédito rural entre outros”.
Entretanto, é necessário intensificar as ações de combate ao desmatamento, principalmente neste período chamado “verão amazônico”, no qual a região continua bastante quente e o fenômeno El Niño promete diminuir ainda mais as chuvas a partir do mês de outubro: “É necessário que as ações de comando e controle continuem e que os governadores que compõem o consórcio da Amazônia legal adotem o desmatamento zero até 2030 como principal objetivo do grupo e, além disso, é fundamental acelerar a construção de alternativas socioeconômicas viáveis para a região, superando o atual modelo econômico predatório que concentra renda, produz desigualdade social e engole a floresta”, finaliza Rômulo.