Dólar opera em alta, em dia de agenda econômica vazia
No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,73%, vendida a R$ 4,8548. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar opera em alta nesta quinta-feira (24), em um movimento de leve correção depois de uma queda expressiva na véspera. O dia é de agenda vazia no Brasil, mas investidores repercutem a divulgação de alguns dados econômicos dos Estados Unidos, com destaque para o mercado de trabalho.
Às 11h15, a moeda norte-americana subia 0,20%, cotada a R$ 4,8647. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar encerrou o pregão com baixa de 1,73%, vendido a R$ 4,8548. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
alta de 2,66% no mês;
quedas de 2,26% na semana e de 8,02% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Não há grande destaques na agenda brasileira hoje, com exceção da participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da cúpula do BRICS. O grupo, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, convidou outros seis países para integrarem o bloco a partir de 2024: Irã, Arábia Saudita, Egito, Argentina, Etiópia e Emirados Árabes.
Ontem, o dólar caiu quase 2% acompanhando o bom humor do exterior, mas também motivado por fatores internos, sobretudo a aprovação do texto final do novo arcabouço fiscal.
Esse texto traz uma maior sensação de segurança ao mercado, porque estabelece regras que limitam e jogam luz sobre os gastos do governo. Sem um arcabouço, a preocupação com o descontrole de despesas ganha espaço e, por isso, a aprovação foi vista com bons olhos.
Hoje, porém, a moeda americana volta a ganhar força contra o real em um movimento natural de correção. Ou seja, é normal que, depois de dias de queda mais expressiva, o preço do ativo suba um pouco, segundo especialistas.
No cenário externo, investidores repercutem a divulgação de alguns dados econômicos dos Estados Unidos, com destaque para o número de pedidos de seguro-desemprego, que caiu para 230 mil na última semana, abaixo das expectativas do mercado, de 240 mil.
Um mercado de trabalho mais aquecido pode impactar ainda mais a inflação americana, já que mantém dinheiro na mão da população, levando o Federal Reserve (Fed, o banco central do país) a elevar ainda mais as taxas de juros por lá, que hoje estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.
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Também é nesta quinta-feira que começa o Simpósio de Jackson Hole, um evento que reúne diversas autoridades políticas e da economia para falar sobre o atual momento e os rumos da economia dos Estados Unidos. O presidente do Fed, Jerome Powell, deve discursar só amanhã.
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