Em discurso, Trump chama imigrantes ilegais de animais: ‘Não são humanos’
Durante um comício em Michigan nesta terça-feira (2), o ex-presidente Donald Trump referiu-se aos imigrantes vivendo ilegalmente nos Estados Unidos como “animais” e “não humanos”, reforçando sua posição sobre a política de imigração do país.
Falando em frente a um púlpito com o slogan “pare o banho de sangue na fronteira de Biden”, Trump trouxe à tona crimes cometidos por imigrantes ilegais nos Estados Unidos, incluindo o caso do assassinato de Laken Riley, uma estudante de 22 anos, cujo principal suspeito é um venezuelano.
O empresário priorizou o tema sobre a entrada ilegal de imigrantes no país, o maior ponto fraco de Biden em sua campanha pela reeleição. Michigan e Wisconsin estão entre os poucos estados considerados pêndulo, ou seja, que podem dar a vitória a qualquer um dos dois candidatos e, assim, são determinantes para o resultado da eleição.
“Os democratas dizem ‘por favor, não os chame de animais, eles são humanos’. Eu digo: ‘não, eles não são humanos, eles não são humanos, eles são animais'”, declarou Trump. O republicano afirmou que “o banho de sangue na fronteira de Joe Biden” vai acabar quando ele assumir a Presidência.
“Sob o comando do corrupto Joe Biden, cada estado agora é um estado de fronteira, cada cidade agora é uma cidade de fronteira. Joe Biden trouxe a carnificina, o caos e a violência de todo o mundo e despejou diretamente em nossos quintais”, afirmou.
“Os piores de todos os países estão vindo para o nosso país. Eles estão mudando, ameaçando e destruindo o país. Nós vamos acabar tendo que fazer a maior deportação da história americana. Não temos escolha”, disse.
Trump tem adotado um discurso cada vez mais agressivo contra imigrantes, os quais já acusou de “envenenarem o sangue da nação”.
Nas últimas semanas, ele tem reforçado a associação do fluxo à criminalidade, aproveitando dois assassinatos de grande repercussão em que os acusados são imigrantes indocumentados. As vítimas foram duas jovens: Laken Riley, morta na Geórgia, e Ruby Garcia em Grand Rapids, no Michigan, onde ocorreu o comício de Trump nesta terça.
Segundo autoridades, o acusado pelo homicídio de Garcia, chamado Brandon Ortiz-Vite, chegou a ser deportado durante o governo Trump, mas conseguiu voltar aos EUA.
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