‘Séria advertência’: China realiza manobras militares ao redor de Taiwan
Exercícios são resposta à visita do vice-presidente da ilha aos Estados Unidos. Nesta imagem tirada de um vídeo da CCTV da China, soldados chineses participam de exercícios militares na China no sábado, 19 de agosto de 2023.
CCTV via AP
A China iniciou, neste sábado (19), manobras militares ao redor de Taiwan como uma “séria advertência” às forças separatistas em resposta à visita do vice-presidente da ilha, William Lai, aos Estados Unidos.
Lai é o favorito para as eleições presidenciais do ano que vem e fervoroso opositor às pretensões de Pequim sobre a ilha. As manobras acontecem após sua viagem ao Paraguai, um dos últimos aliados oficiais da ilha, durante a qual ele fez escalas em Nova York e San Francisco.
A China vê Taiwan, que tem seu próprio governo democrático, como parte de seu próprio território e se opõe aos contatos dos dirigentes da ilha com outras nações. Anteriormente, os chineses advertiram que tomariam “medidas firmes e contundentes para salvaguardar a soberania nacional”.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que detectou 42 aeronaves chinesas e oito navios envolvidos em exercícios ao redor da ilha na manhã de sábado. Vinte e seis aeronaves chinesas cruzaram a linha média dos 100 km de largura do Estreito de Taiwan, ou áreas além de cada extremidade da linha, disseram as autoridades.
Segundo a Xinhua, agência de notícias estatal da China, os exercícios têm o objetivo de “treinar a coordenação de navios e aviões militares e sua capacidade de controlar espaços aéreos e marítimos”, além de testar a sua capacidade de lutar “em condições reais de combate”.
“[Os exercícios também representam] uma advertência séria ao conluio entre os separatistas pela ‘independência de Taiwan’ com elementos estrangeiros e às suas provocações”, afirmou a agência.
Em resposta, o Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que enviou navios e aeronaves para a região onde os exercícios estavam sendo realizados. A pasta também condenou o que chamou de “comportamento irracional e provocativo” e anunciou o envio de “forças apropriadas” para proteger a “liberdade, democracia e soberania” na ilha.